O que é Lipedema?

O lipedema – ou lipoedema – é uma condição crônica representada pelo acúmulo anormal de gordura em diferentes áreas do corpo: pernas, braços, joelhos e coxas. Afeta principalmente mulheres e, em geral, é causada por desequilíbrios hormonais (menopausa, gravidez e uso de anticoncepcionais).

Apesar de comum, a doença é frequentemente diagnosticada como obesidade e, portanto, nem sempre é tratada de forma eficaz.

Por isso, para diagnosticar a condição com precisão, são realizados exames físicos e um estudo do histórico clínico do paciente, bem como outros testes para descartar outras doenças. Alguns métodos que ajudam a achar o diagnóstico são a ressonância nuclear magnética, medição de gordura, cintilografia e doppler vascular.

Quais as causas do lipedema?

O surgimento e progressão do lipedema são bem compreendidos pelos médicos, entretanto, o motivo pelo qual essa gordura é retida em certos locais permanece incerto.

Segundo especialistas, o fator hormonal e a hereditariedade são fatores que influenciam o aparecimento da doença. Além disso, a ingestão de bebidas alcoólicas, alimentos ricos em carboidratos, açúcar e carne vermelha pioram o problema.

Quais as complicações o lipedema pode causar?

Além da sequela emocional, há outros resultados bastante nocivos se a condição não for tratada. Em estágios avançados, o lipedema afeta os vasos linfáticos, resultando em retenção de líquidos, suscetibilidade a infecções, anormalidades nos pés e potencialmente perda de movimento.

Qual o tratamento?

Ajustes na dieta, exercícios leves, usar meias de compressão, drenagem linfática e suspensão da terapia hormonal são algumas medidas que fazem parte do tratamento. No entanto, a cura é garantida somente após cirurgia: como as estruturas de gordura não são regeneradas pelo corpo, removê-las tem um efeito de longo prazo. 

Para isso, é realizada uma lipoaspiração tumescente. O procedimento — que elimina as células de gordura defeituosas — leva cerca de três horas e a pessoa precisa ficar no hospital o dia todo.

O número de sessões varia de acordo com a gravidade do problema e a recuperação demora duas semanas. Infelizmente, o procedimento não é oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) ou convênios médicos.